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Atualidade  Estudos  19 jan 2023

Recurso a serviços de streaming em Portugal cresce com a necessidade de entretenimento

O clima de incerteza está na base de uma maior necessidade de entretenimento entre os portugueses, que utilizam cada vez mais serviços de streaming de vídeo e áudio.

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Os canais de televisão abertos e os motores de busca continuam a liderar o “ranking de indispensabilidade" dos portugueses, mas face a 2021 aumentou a necessidade de entretenimento.

De acordo com o estudo Meaningful Media, desenvolvido pelo Havas Media Group, os portugueses habituaram-se a viver com elevados níveis de incerteza e em permanente estado de alerta, beneficiando os meios destinados ao entretenimento, ao longo de 2022.

Nesse sentido, comparativamente ao ano passado, o consumo dos serviços de streaming de vídeo registou uma subida de quatro pontos percentuais, para 33%, e o streaming de áudio registou uma subida de dois pontos percentuais, para 30%.

Esta tendência é suportada pela "intenção de manter o nível de gasto nesta área, com um valor superado apenas pela despesa associada a 'bens alimentares' e 'cuidados de saúde'", lê-se no comunicado.

Os serviços de streaming de vídeo subiram para a terceira posição na classificação dos meios mais utilizados para o entretenimento, ultrapassando o YouTube. No entanto, esta categoria continua a ser liderada pelas redes sociais (48% dos inquiridos) e canais TV abertos (48%).

A razão da preferência dos canais generalistas, que continuam a ter um papel proeminente no dia-a-dia dos portugueses, conjuga credibilidade com entretenimento, o que os torna indispensáveis e uma fonte de atualização, refere o estudo.

Por sua vez, os motores de busca, com uma perceção de indispensabilidade ex-aequo com televisão, são os que mais descem na perceção de credibilidade - cinco pontos percentuais para 36%.

O pódio continua a ser dominado pelos meios mais tradicionais (canais de televisão abertos e jornais, com 72% e 63%, respetivamente), mas é de destacar a considerável subida de 10 pontos percentuais da rádio, com 48% das respostas dos inquiridos.

Como fonte de descoberta, os motores de busca continuam a ser o meio favorito de 67% dos inquiridos, seguindo-se as redes sociais (52%), que passaram para segunda posição, ultrapassando o YouTube (46%), refere o estudo.

O estudo também conclui que os motores de busca e redes sociais lideram o consumo, mas geram desconfiança e incómodo. Constata-se que estas plataformas são encaradas como menos credíveis e geram elevados níveis de incómodo e que os elevados níveis de saturação (repetição) e de intrusão (“não os consigo evitar”) são dois dos principais motivos para esta perceção generalizada.

Esta é a terceira edição do Meaningful Media, em que foram realizadas 600 entrevistas a pessoas residentes em Portugal continental, com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos, em setembro de 2022.

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