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Digital Advertising  eCommerce  12 mai 2022

Geração Z liga menos à privacidade online e tem mais controlo sobre os seus dados pessoais

Embora nos últimos anos as marcas se tenham focado mais em comunicar com os Millennials, estes dois grupos de consumidores estão separados por mais do que meras diferenças geracionais.

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Há uma nova geração a emergir no mercado de consumo: a chamada Geração Z, com pessoas nascidas entre 1997 e 2010, que cresceram com um maior acesso à tecnologia do que quaisquer outras antes delas. Tal não significa que estes jovens estejam mais obcecados ou entusiasmados com a tenologia do que os seus antecessores: apesar de terem nascido rodeados dela veem-na menos como uma novidade e mais como uma forma de vida prática.

A relação que têm com os dados é, no entanto, diferente, uma vez que a privacidade não é uma prioridade tão grande para os mais jovens como para as outras gerações, indicam os resultados de um estudo da Selligent. De facto, metade (50%) da Geração Z sente que tem controlo sobre os seus dados pessoais.

No que diz respeito ao setor do retalho, a presença em canais digitais e físicos já não é suficiente para chegar à geração de consumidores mais jovens. A Geração Z espera que a tecnologia melhore as suas experiências físicas, em vez de as substituir.

Em comparação com os Millennials, este grupo etário mostra uma clara preferência pelas compras em loja em várias categorias, incluindo a eletrónica (43% vs. 37%) e o vestuário (43% vs. 40%). Além disso, a Geração Z também visita lojas físicas com mais frequência do que qualquer outro grupo etário, com os dados da Selligent a indicarem que 59% visita uma loja pelo menos uma vez por semana.

Desta forma, as marcas precisam cada vez mais de reinventar a sua experiência de compra e introduzir o conceito de phygital – uma estratégia simultaneamente física (lojas tradicionais) e digital (lojas online) –, ao mesmo tempo que adotam práticas para atrair esta geração. O termo phygital é frequentemente associado à "digitalização dos pontos de venda", ou seja, a fusão entre o e-commerce e as lojas físicas.

Uma audiência informada e cética que exige mais dos meios de comunicação

No que diz respeito à procura de informação, é provável que a Geração Z utilize mais as redes sociais do que as outras gerações, em vez de recorrer aos meios de comunicação tradicionais. De facto, 49% dizem estar mais propensos a fazer uma compra após verem uma publicação ou anúncio nas redes sociais do que através de qualquer outro canal (SMS, website ou email).

Para pesquisar informação, esta geração tende a recorrer a influenciadores em plataformas como o TikTok (23%, o dobro das outras gerações) ou o YouTube (49%, em comparação com 37% dos Millennials).

A transformação trazida pela Geração Z já se está a fazer sentir, e os profissionais de marketing que não adaptarem as suas estratégias para a envolver vão ficar para trás. Esta geração é diferente das suas antecessoras: não consome informação da mesma maneira, interage de forma diferente nas redes sociais, e o ato de fazer compras é para si uma nova experiência.

A Geração Z também sente uma necessidade de controlo ainda maior do que as outras gerações, pelo que as marcas precisam de colocar o poder nas mãos dos utilizadores para que estes possam identificar as suas preferências. “Será muito mais fácil definir conteúdos relevantes para estes consumidores - com a ajuda dos dados e com uma análise de IA. A personalização é a melhor forma de alcançar a Geração Z”, considera a Selligent.

Esta é uma nova geração de consumidores com quem as marcas têm de aprender a comunicar. Para orientar as suas estratégias de marketing e meios de comunicação nos próximos anos, precisam de novos conhecimentos sobre as diferenças geracionais que estão a transformar o mercado – e particularmente as que dizem respeito à crescente influência da Gen Z, aconselha a Selligent.

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