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eFinance  eCommerce  27 dez 2021

Desafios superados em ano de muito crescimento para a Ifthenpay

O ano foi “de muito crescimento” para a fintech Ifthenpay que prevê continuar a aumentar o seu negócio ao longo de 2022, embora mais moderadamente. Depois do boom no B2C, as maiores oportunidades poderão agora estar nas transações entre empresas.

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A Ifthenpay registou um crescimento de 27,6 % em quantidade de transações e de 28,4 % em valor movimentado, comparando de janeiro a novembro de 2020 e 2021. A fintech portuguesa pensa ultrapassar os 800 milhões de euros movimentados, que era o grande objetivo anunciado no início deste ano.

Considera que a pandemia trouxe desafios como os relacionados com o trabalho devido à necessidade de adaptação. “Logo de início, as pessoas em teletrabalho com os respetivos fluxos a terem de ser reorganizados, tendo sido de uma forma repentina, foi um problema difícil, mas ultrapassou-se”, afirma Filipe Moura. Por outro lado, o grande aumento de clientes a aderir fez aumentar ainda mais a complexidade. “A vantagem é que ficou esse ensinamento para futuro”, considera o Co-CEO da Ifthenpay.

Na empresa acredita-se que 2022 vai ser igualmente de crescimento do negócio, mas “mais moderado, pois o grande boom foram estes dois anos. “Lá para depois de fevereiro, a pandemia vai abrandar e mais pessoas voltarão à compra presencial. Naturalmente, qualquer loja de retalho tradicional que ainda não tenha vendas online deve passar a ter e de forma ativa, pois há muitas vendas por este canal”.

Será, no entanto, nas encomendas online de empresas a outras empresas, ou seja, no B2B, que poderão estar as maiores oportunidades de crescimento no próximo ano. Ainda há muitas empresas que fazem encomendas por email ou telefone, sem saberem se no momento há stock, sem fazerem pagamentos, etc, refere Filipe Moura. “Vemos muitas empresas a trabalharem desta forma, e que podem evoluir para um ambiente de encomenda mais produtivo: com indicação se há stock, quando vai chegar até ao cliente, com pagamento realizado e garantido, que até pode ser por cartão de crédito permitindo ao cliente pagar efetivamente depois”. Para quem vende, é muito melhor, defende o Co-CEO da Ifthenpay, “pois fica com a encomenda tratada, e recebe sempre a pronto pagamento”.

O comércio eletrónico veio para ficar e pode evoluir

Na Ifthenpay considera-se que o comércio eletrónico veio definitivamente para ficar. “Uma boa parte das pessoas aumentou as suas compras online e parte deste hábito vai ficar”, diz Filipe Moura.

Observando todo o processo, há pontos a evoluir, nomeadamente o transporte e a entrega do produto. “Existe uma solução muito boa, que é a entrega em pontos de conveniência, e que deve ser alargada o mais possível, pois traz benefícios para todos”. Soluções como entregas on same day também devem ser mais utilizadas, ou como cacifos com código em locais públicos, também conhecidos por pin code lockers. “Esta última solução faz reduzir o custo do last mile, funcionando com semelhança a um ponto de conveniência, com custo reduzido. Tudo isto é importante, porque é necessário reduzir o custo dos portes aos comerciantes”.

Também estão a aparecer empresas optimizadoras de transporte, em que o comerciante faz contrato com essa empresa, e é esta que negoceia o preço de envio e repassa-lhe parte desse benefício. “Para pequenos negócios, esta é uma boa melhoria”.

Outra área fundamental, é o apoio ao cliente, onde o ponto fundamental é o atendimento telefónico, que tem de ser em horário amplo. “Mas, com certeza, irão surgir mais melhorias, tanto para os comerciantes, como para os clientes, pois a evolução neste setor está a ser constante”.

O mercado dos pagamentos digitais também tem espaço para desenvolver e melhorar, na opinião de Filipe Moura. “O crescimento continuará, ainda que mais moderado. É natural que surjam novidades. Tudo o que seja para melhorar a experiência de quem paga, vai acontecer. E de quem recebe, o comerciante, com certeza vai ter mais soluções a oferecer aos seus clientes”.

 

 

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