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Atualidade  19 abr 2023

Maioria dos líderes responde à instabilidade económica com investimentos em marketing

Apesar dos desafios externos que se têm colocado aos diretores de marketing estão a ser criadas oportunidades de crescimento organizacional.

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A maioria dos empresários afirmam que o atual clima de instabilidade económica e aumento da inflação constituem grandes preocupações para 2023, mas ao invés de uma política de contenção de custos, a tendência é responder a esta conjuntura com uma mentalidade de investimento.

A conclusão está no Global Marketing Trends 2023 da Deloitte, um relatório publicado anualmente, com um total de 75% dos diretores de marketing de empresas globais inquiridos a afirmarem estar a responder ao clima de instabilidade com uma mentalidade de investimento, aumentando a capacidade das suas empresas de suportar os efeitos que uma recessão económica possa trazer.

Em concreto, 38% dos inquiridos afirmam estar a acelerar a mudança para novas tecnologias ou plataformas digitais; 36% consideram importante a expansão para novos mercados, segmentos ou geografias; e 36% estão a dar prioridade à implementação de sistemas ou algoritmos para melhorar a personalização do cliente (36%).

Neste campo, muitos marketeers estão a acelerar a adoção de tecnologias de inteligência artificial (IA) para ajudar a compreender melhor as expectativas e necessidades do cliente e oferecer assim uma melhor experiência – mas o estudo deixa a recomendação de que a ciência dos dados seja combinada com um toque humano. Combinar dados com metodologias centradas no ser humano pode ajudar as marcas a criar uma imagem mais completa do consumidor, evitar erros que um algoritmo nem sempre consegue detetar, e cultivar ligações significativas com o cliente.

O relatório aponta também que os líderes de marketing tencionam impulsionar o crescimento através de esforços internos de sustentabilidade. A sustentabilidade continuará a ser uma preocupação a diversos níveis do ecossistema corporativo em 2023. De acordo com o estudo, 86% dos profissionais de marketing inquiridos estão a implementar iniciativas de sustentabilidade a nível interno.

A responsabilidade a nível ambiental das empresas é cada vez mais importante para satisfazer as exigências do mercado, regulamentares e governamentais, e também para criar uma relação de confiança com os consumidores, para quem a sustentabilidade é uma preocupação central. Por isso, relativamente poucas marcas estão a transferir a responsabilidade para os consumidores, com apenas 25% a afirmarem que estão a tentar incentivar novos hábitos de consumo. Por outro lado, mais de metade dos inquiridos (51%) dizem estar focados em melhorar a sustentabilidade das práticas de marketing interno. 47% afirmam estar a priorizar a promoção de ofertas de produtos e serviços mais sustentáveis, e 45% dizem planear estabelecer compromissos de sustentabilidade a longo prazo em 2023.

Já 89% das marcas de alto crescimento e rentabilidade concordam que o seu sucesso a longo prazo depende da capacidade de fomentar a criatividade. Promover e apoiar o raciocínio criativo, a tomada de riscos e a colaboração multifuncional são os objetivos mais importantes para a maioria dos inquiridos.

A Deloitte revela no estudo que um dos elementos-chave de uma boa estratégia criativa é encontrar uma combinação de fontes de criatividade não só nos colaboradores da empresa, mas também em parceiros externos, fornecedores e clientes – e os CMOs são precisamente os elementos que se encontram numa posição privilegiada para identificação e ativação destas oportunidades.

Uma outra tendência aponta para que a adoção de tecnologias emergentes possa criar vantagens competitivas. Neste campo, as empresas consideram o metaverso e a blockchain particularmente promissores, tendo 84% das marcas inquiridas afirmado que irá criar experiências no metaverso nos próximos dois anos.

O interesse no metaverso está a crescer rapidamente, com muitas marcas a anteciparem o uso do metaverso nos seus negócios para fazer a ligação entre o mundo físico e o virtual nos próximos anos.

Embora sejam as indústrias business-to-consumer aquelas que têm vindo a privilegiar o desenvolvimento de uma estratégia para o metaverso, os dados do inquérito mostram que mesmo indústrias como a ‘energia, recursos e indústrias’ e ‘ciências da vida e cuidados de saúde’ estão a gravitar em direção ao metaverso – com 42% e 38%, respetivamente, das empresas inquiridas a afirmar pretender implementar estratégias para o metaverso nos próximos 12 meses.

Consulte aqui o estudo Global Marketing Trends 2023.

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