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eCommerce  Estudos  31 jan 2022

Subida recorde entre os portugueses que compram online. Empresas também vendem mais

Mais de metade dos portugueses fizeram compras online nos últimos 12 meses, num valor recorde de crescimento anual. As vendas também aumentaram entre as empresas em 2020, mas a receita foi menor.

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Nos últimos 12 meses, 52% dos cidadãos residentes em Portugal fizeram compras online, valor que representa um crescimento de sete pontos percentuais (p.p.) face a 2020 e que se traduz na maior subida anual desde que a informação é recolhida. Já 27% dos inquiridos nunca fizeram compras pela internet e cerca de 10% realizaram vendas online.

Os dados fazem parte do relatório da Anacom que revela igualmente que Portugal era o 24.º país da União Europeia (UE27) no que respeita a percentagem de indivíduos que realizaram compras online e o 21.º país em vendas online.

O vestuário/calçado (69%) e as refeições entregues ao domicílio (46%) foram os produtos físicos mais encomendados através da Internet e os que mais cresceram face ao ano anterior (+9 e +8 p.p. respetivamente), seguindo-se os produtos de cosmética, beleza e bem-estar (31%) e os computadores, tablets, telemóveis, equipamento informático complementar ou acessórios (30%), neste último caso o que mais desceu face ao ano anterior (-7 p.p.).

Entre os produtos digitais, destacaram-se os filmes, séries e programas de desporto para download ou subscrição online como os mais comprados pela Internet (35% dos indivíduos que efetuaram compras online). Portugal ocupou a 9.ª posição do ranking da UE27 na compra deste tipo de produtos digitais.

Quanto aos serviços contratados através da internet, destacam-se os serviços de alojamento (28%, +7 p.p. que no ano anterior), de transporte (22%) e a adesão ou renovação de serviços de ligação à Internet, telefone ou telemóvel (19%), ficando Portugal, respetivamente, na 5.ª, 8.ª e 6.ª posições do ranking da UE27 da aquisição destes serviços.

Os indivíduos com níveis de escolaridade elevados, maiores rendimentos, empregados ou estudantes, apresentaram uma maior propensão para efetuar compras e vendas através da Internet. Este perfil é semelhante ao da média da UE27 e manteve-se face ao ano anterior.

Entre as empresas portuguesas com 10 ou mais pessoas ao serviço, e relativamente a 2020, cerca de 16% receberam encomendas através de redes eletrónicas (-3 p.p. que a média da UE27 e +4 p.p. que no ano anterior). Estas encomendas representaram 17% do volume de negócios (-3 p.p. que no ano anterior).

Embora a maioria das empresas receba as encomendas através do seu website/app, cerca de 6% das empresas analisadas rececionaram-nas através de portais de comércio eletrónico ou plataformas digitais (via apps) utilizadas por várias empresas, como por exemplo Booking, hotels.com, eBay, Amazon, Amazon Business, Alibaba, Rakuten, Showroomprive, TimoCom, etc.

Compras online sem grandes dificuldades

Releve-se que 93% dos inquiridos não mencionou qualquer dificuldade na realização de encomendas através da Internet e que os problemas mais referidos em matéria de compras online foram o tempo de entrega das encomendas (3%) e a entrega de bens ou serviços danificados ou errados (3%).

A principal barreira à utilização do comércio eletrónico foi a preferência pelo contacto pessoal, força de hábito ou fidelidade aos clientes habituais, seguindo-se o não haver necessidade de comprar online e as preocupações com a segurança dos pagamentos.

Embora 71% das empresas não tenham manifestado qualquer dificuldade associada às vendas a clientes de outros países da UE (mais 24 p.p. que o registado no inquérito de 2019), o principal problema referido pelas restantes foram os custos elevados de entrega e devolução de produtos (20%).

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